sexta-feira, 22 de julho de 2016

Ano eleitoral: oportunidade para mobilização da comunidade


Ano eleitoral: hora de mobilização

 Carta aos membros do GICNGA (GINGA), ao Movimento Social Negro e aos cidadãos comprometidos com um projeto de igualdade social e étnico-racial

(José Benedito de Barros)

Caros irmãos, pais e mães de caminhada

Neste ano termos eleições municipais em todo Brasil. Trata-se, mais uma vez, de uma oportunidade para nós negros e afro-brasileiros levantarmos nossa voz para interferir na vida política do pais e fazermos a diferença.

Nosso Movimento Ginga, nos seus mais de 34 anos de existência, tem como característica mais acentuada a luta por políticas públicas em favor da liberdade e da igualdade.

Isso porque, um olhar atento sobre a realidade brasileira nos faz perceber que sofremos cotidianamente atentados contra a liberdade e contra a igualdade. Todos os dias somos bombardeados com notícias sobre preconceitos, discriminações e diversas formas de violência. Muitos de nossos jovens são assassinados; muitos dos templos, sacerdotes e religiosos de matriz cultural africana são desrespeitados.

Temos convicção de que nós não somos os únicos a sofrer tais violações. Estamos cientes da miséria social, do preconceito, discriminação e violência contra outros grupos sociais, como pobres, crianças,  adolescentes, jovens, idosos, mulheres, membros da comunidade LGBT, índios, ciganos, pessoas com deficiência, religiosos de matriz cultural africana, dentre outros.

Por tudo isso, proponho ao GINGA e a todos os interessados, que apresentemos propostas de políticas públicas de nossa comunidade aos candidatos a prefeito e vereadores.

No caso de candidaturas a prefeito, penso que é possível reunirmos com cada um deles ou seus representantes.

Quanto às candidaturas à vereador, dado o número bastante elevado deles, talvez possamos marcar uma reunião geral quando poderemos apresentar as referidas propostas.

 Quais propostas?

Nós, do GINGA e do Movimento Negro e Afro-brasileiro de Limeira, temos nos últimos anos lutado para o estabelecimento de um Plano Municipal de Igualdade Étnico-racial em Limeira. Temos um documento que reúne essas propostas. Podemos partir dele, além de acrescentar outras.

Eis a proposta de Plano de Igualdade Étnico-racial:

PLANO MUNICIPAL DE POLÍTICAS DE PROMOÇÃO DA IGUALDADE RACIAL – PLAMUPIR (PROPOSTA/OBJETIVOS)



Eixo 1: Trabalho, Renda e Desenvolvimento Econômico

I - promover a inclusão e a igualdade de oportunidades e de remuneração das populações negra, com destaque para a juventude e as trabalhadoras domésticas;
II - promover a equidade de gênero, raça e etnia nas relações de trabalho e combater as discriminações ao acesso e na relação de emprego, trabalho ou ocupação no âmbito do serviço público municipal;
III - combater o racismo nas instituições públicas e privadas prestadoras de serviço público, fortalecendo os mecanismos de fiscalização quanto à prática de discriminação racial no mercado de trabalho;
IV - promover a capacitação profissional e a assistência técnica diferenciadas das comunidades negras;
V - criar núcleos de combate à discriminação e de promoção da igualdade de oportunidades em parceira com entidades e associações do movimento negro e de outras etnias e com organizações governamentais;
VI - capacitar gestores públicos para a incorporação da dimensão étnico-racial nas políticas públicas de trabalho e emprego;
VII - apoiar a projetos de economia popular e solidária nos grupos produtivos organizados de negros, com recorte de gênero e idade;
VIII - propor sistema de incentivo fiscal para empresas que promovam a igualdade racial;

IX – ampliar a política de reserva de vagas para negros no serviço público municipal de tal forma que ele abranja o ingresso por concurso e por comissão, bem como;

X – criar mecanismos para garantir que as empresas privadas prestadoras de serviços públicos adotem em suas contrações de trabalhadores a política de reserva de vagas para negros; e

XI – conceder incentivos fiscais ao setor privado de tal forma que ele adote políticas de reserva de vagas nas contratações de profissionais.


Eixo 2: Educação

I - estimular o acesso, a permanência e a melhoria do desempenho de crianças, adolescentes, jovens e adultos das populações negras e demais grupos discriminados, em todos os níveis de ensino, da educação infantil ao ensino superior, considerando as modalidades de educação de jovens e adultos e a tecnológica;
II - promover a formação de professores e profissionais da educação nas áreas temáticas definidas nas diretrizes curriculares nacionais e no Plano Municipal de Educação para a educação das relações étnico-raciais e para o ensino de história e cultura afro-brasileira, africana e indígena;
III - promover políticas públicas para reduzir a evasão escolar e a defasagem idade-série dos alunos pertencentes aos grupos étnico-raciais discriminados;
IV - promover formas de combate ao analfabetismo entre as populações negra e demais grupos étnico-raciais discriminados;
V - promover a implementação das Leis no 10.639, de 9 de janeiro de 2003 e 11.645, de 10 de março de 2008, e do disposto no art. 26-A da Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, do Parecer CNE/CP 3/2004 e da Resolução CNE 01/2004, garantindo seu amplo conhecimento pela população brasileira;
VI - promover e estimular a inclusão do quesito raça ou cor em todos os formulários de coleta de dados de alunos em todos os níveis dos sistemas de ensino, público e privado;
VII - estimular maior articulação entre as instituições educacionais e as comunidades tradicionais, proporcionando troca de saberes, de práticas e de experiências;

VIII – apoiar publicações de textos e livros didáticos e paradidáticos de autores limeirenses relativos à história e cultura afro-brasileira;

IX – promover e apoiar o estudo das línguas afro-brasileiras, como o iorubá, o quimbundo e o quicongo, dentre outras, como forma de resgate cultural afro-brasileiro.

 Eixo 3: Saúde

I - ampliar a implementação da política municipal de saúde da população negra;
II - promover a integralidade, com equidade, na atenção à saúde das populações negras;
III - fortalecer a dimensão étnico-racial no atendimento à saúde da população negra, incorporando-a à elaboração, implementação, controle social e avaliação dos programas desenvolvidos pela Secretaria da Saúde;

IV - aferir e combater o impacto biopsicossocial do racismo e da discriminação na constituição do perfil de morbimortalidade da população negra;
V - promover no âmbito municipal ações que assegurem o aumento da expectativa de vida e a redução da mortalidade da população negra;
VI - ampliar o acesso das populações negra, com qualidade e humanização, a todos os níveis de atenção à saúde, priorizando a questão de gênero e idade;
VII – preservar o uso de bens materiais e imateriais do patrimônio cultural das comunidades de terreiro;
VIII - desenvolver medidas de promoção de saúde e implementar o programa saúde da família, nas comunidades de terreiro;
IX - assegurar a implementação do programa municipal de atenção integral às pessoas com doença falciforme e outras hemoglobinopatias;
X - desenvolver ações específicas de combate à disseminação de HIV/AIDS e demais DST junto às populações negras e de terreiro;
XI - disseminar informações e conhecimento junto às populações negras, de terreiro  e demais grupos étnico-raciais discriminados, sobre suas potencialidades e suscetibilidades em termos de saúde, e os consequentes riscos de morbimortalidade; e
XII - desenvolver ações de planejamento familiar às comunidades de terreiros.


Eixo 4: Diversidade Cultural

I - promover o respeito à diversidade cultural dos grupos formadores da sociedade brasileira e demais grupos étnico-raciais discriminados, combatendo o racismo, a xenofobia, homofobia e as intolerâncias correlatas;
II - estimular a eliminação da veiculação de estereótipos de gênero, raça, cor e etnia nos meios de comunicação;
III - fomentar as manifestações culturais dos diversos grupos étnico-raciais brasileiros e ampliar sua visibilidade nas mídias;
IV - consolidar instrumentos de preservação do patrimônio cultural material e imaterial dos diversos grupos étnicos brasileiros presentes no município;
V - garantir as manifestações públicas de valorização da pluralidade religiosa no Brasil, conforme dispõe a Constituição;
VI - estimular a inclusão dos marcos históricos significativos das diversas etnias e grupos discriminados, no calendário festivo oficial limeirense;
VII – ampliar o apoio à a comemoração do feriado municipal no dia 20 de novembro, Dia da Consciência Negra;
VIII - estimular a inclusão de cotas de representantes das populações negras e demais minorias étnicas, nas mídias, especialmente a televisiva e em peças publicitárias;

IX – apoiar o resgate e a preservação da cultura negra e afro-brasileira e de outras raças ou etnias discriminadas nos seus aspectos artísticos, linguísticos, literários, culinários, indumentários e tecnológicos, dentre outras;

X – apoiar as manifestações culturais afro-brasileiras na contemporaneidade, tais como a capoeira e o RAP, dentre outras;

XI – criar o Museu Municipal Afro-limeirense para preservar a história e a cultura dos afro-brasileiros locais.

Eixo 5: Direitos Humanos e Segurança Pública

I - apoiar divulgação e a implementação do Estatuto de Igualdade Racial;
II - estimular ações de segurança pública voltadas para a proteção de jovens negros e de outras segmentos discriminados, contra a violência;
III - estimular os órgãos de segurança pública municipal a atuarem com
eficácia na proteção das comunidades de terreiros;

IV - combater todas as formas de abuso aos direitos humanos das mulheres negras e das comunidades de terreiro;
V – ampliar o apoio ao combate à exploração do trabalho infantil, especialmente o doméstico, entre as crianças negras;
VI - apoiar e fortalecer políticas públicas para reinserção social e econômica de adolescentes e jovens egressos, respectivamente, da internação em instituições socioeducativas ou do sistema prisional;
VII – apoiar o combater aos estigmas contra negros, índios, e ciganos e membros de comunidade de terreiros; e
VIII - estimular ações de segurança que atendam à especificidade de negros, comunidades de terreiros, ciganos e outros grupos discriminados.


Eixo 6: Comunidades Tradicionais de Terreiro

I - assegurar no âmbito municipal o caráter laico do Estado brasileiro;
II - garantir o cumprimento do preceito constitucional de liberdade de credo;
III - combater a intolerância religiosa;
IV - promover o respeito aos religiosos e aos adeptos de religiões de matriz africana no município, e garantir aos seus sacerdotes, cultos e templos os mesmos direitos garantidos às outras religiões professadas no País;
V - promover mapeamento da situação fundiária das comunidades tradicionais de terreiro;
VI - promover melhorias de infraestrutura nas comunidades tradicionais de terreiro; e
VII - estimular a preservação de templos certificados como patrimônio cultural.


Eixo 7: Desenvolvimento Social e Segurança Alimentar

I - fortalecer as ações de combate à pobreza e à fome no município de Limeira, incorporando a perspectiva étnico-racial e de gênero em todas as ações de assistência social, de segurança alimentar e nutricional, e nos programas de transferência condicionada de renda do governo local, com prioridade às mulheres chefes de família;
II - promover a igualdade de direitos no acesso ao atendimento socioassistencial, à segurança alimentar e nutricional e aos programas de transferência condicionada de renda, sem discriminação étnico-racial, cultural, de gênero, ou de qualquer outra natureza;
III - incorporar as necessidades das comunidades negras e de terreiro nas diretrizes do planejamento das políticas de assistência social e de segurança alimentar e nutricional;
IV - promover a articulação das políticas de assistência social, de renda de cidadania, de segurança alimentar e nutricional e de inclusão produtiva, voltadas a todos os segmentos étnico-raciais, nas diversas esferas de governo, com o setor privado e junto às entidades da sociedade civil;
V - desenvolver mecanismos de controle social de políticas, programas e ações de desenvolvimento social e combate à fome, garantindo a representação de todos os grupos étnico-raciais nas instâncias de controle social;
VI - garantir políticas de renda, cidadania, assistência social e segurança alimentar e nutricional para a população negra de comunidades de terreiros;
VII - registrar identidade étnico-racial dos beneficiários nos diversos instrumentos de cadastro dos programas de assistência social, de segurança alimentar e de renda de cidadania;
VIII - criar, fortalecer e ampliar programas e projetos de desenvolvimento social e segurança alimentar e nutricional, com ênfase nos saberes e práticas nos contextos sociorreligiosos de matriz africana.


Eixo 8: Infraestrutura

I - assegurar o acesso da população negra,  aos programas de política habitacional;
II - estabelecer política de promoção da igualdade racial nos programas de financiamento de habitação, de interesse social, sob gestão do governo municipal Federal;
III - incluir no planejamento territorial municipal áreas urbanas e rurais, os territórios quilombolas e as áreas de terreiro destinadas ao culto da religião de matriz africana;
IV - promover eletrificação nas áreas habitadas pelas comunidades negras do meio rural; e
V - promover o saneamento básico nas áreas habitadas pelas comunidades negras.

Eixo 9: Juventude

I - ampliar as ações de qualificação profissional e desenvolvimento humano voltadas aos jovens negros, especialmente nas áreas de grande aglomeração urbana;
II - promover ações de combate à violência contra a população negra e outros segmentos discriminados;
III - promover políticas públicas nas áreas de ciência, tecnologia e inovação que tenham como público alvo a juventude negra, indígena e cigano e outros segmentos discriminados;
IV - assegurar a participação da juventude negra, indígena e cigana nos espaços institucionais e de participação social;
V - reduzir os índices de mortalidade de jovens negros, indígenas e ciganos;
VI - promover ações de reforço à cidadania e identidade do jovem, com ênfase na população negra; e
VII - apoiar ações afirmativas que objetivem ampliar o acesso e permanência do jovem negro, indígena e cigano no sistema de ensino municipal.


(Texto para discussão, sujeito a revisões, contribuições, acréscimos e supressões)

 José Benedito de Barros: Mestre em Educação, Especialista e Bacharel em Direito; Licenciado em Filosofia; Membro do Movimento GINGA de Limeira.

Contato: bajobento@gmail.com
www.profjosebenedito.blogspot.com.br

quarta-feira, 22 de junho de 2016

Gestão Cultural: seminário em 27/06/2016


Seminário Sobre Gestão Cultural, dia 27/06, Limeira-SP

Seminário sobre Gestão Cultural, que acontece no próximo dia 27/6 em Limeira, através da Oficina Cultural Carlos Gomes.
Programação
9h: Credenciamento
9h10: Apresentação artística: Quarteto de Cordas da Orquestra Sinfônica de Limeira
9h30: Abertura com Glaucia R. Bilatto de Oliveira (Secretária Municipal de Cultura) e Raul Christiano (diretor das Oficinas Culturais do Estado de São Paulo).
9h45 às 12h30
Tema 1: “Formação de público: leitura e literatura”, com Susana Ventura.
Tema 2: “Formação de espectadores para as artes do espetáculo”, com Aimar Labaki.
Mediação: Marília Bonas.
14h às 17h
Tema 3: “Gestão cultural pública”, com Edmur Mesquita
Tema 4: “ProAC ICMS e Editais: como utilizar?”, com Aldo Valentim
Mediação: Marília Bonas.

Inscrições pelo link abaixo:

segunda-feira, 20 de junho de 2016

Gicnga e IEG: finalidade e objetivos



Grupo de Igualdade, Cultura, Negritude e Garra Africana – GICNGA (GINGA)


O Ginga nasceu em  março de 1983, com o nome de Grêmio Interioriano de Cultura, Negritude e Garra Africana. 
A institucionalização do Ginga ocorreu em 12 de março de 2000, com registro no 1º Registro de Pessoas Jurídicas de Limeira em 25/01/2001, sob número 1343.


Finalidade e objetivos do Ginga


O Ginga tem por finalidade promover a cidadania e a defesa dos direitos humanos do povo afro-brasileiro e de baixa renda.


Os objetivos do Ginga são:

I – lutar contra a discriminação étnica, racial, religiosa, de gênero, de nação e outras congêneres;

II – Lutar pela igualdade econômica, política, cultural, religiosa e étnico-racial;

III  – Encaminhar às várias instâncias do poder público as reivindicações dos afro-brasileiros e da população de baixa renda que visem a melhoria de suas condições de vida, tais como, saúde, educação, moradia, emprego, assegurando-lhes cidadania efetiva;

IV- Promover ações concretas que possibilitem melhoria social e econômica dos afro-brasileiros e da população de baixa renda, tendo como público-alvo crianças, adolescentes, jovens e adultos, enquanto indivíduos e enquanto membros de suas famílias, de grupos específicos e da sociedade como um todo;

V) Desenvolver projetos de pesquisa e divulgação da história e da cultura dos afro-brasileiros;

VI – Desenvolver projetos educacionais gratuitos e conscientizadores nas várias áreas de interesse do povo afro-brasileiro: política, economia, história, cultura, saúde, dentre outras;

VII – Promover atividades gratuitas de ensino visando a preparação de alunos de baixa renda para o ingresso no ensino universitário;

VIII – Viabilizar, em parceria com o poder público e setor privado, projetos de políticas públicas, tais como: bolsas de estudos para alunos de baixa renda para que possam ingressar e se manter no curso superior;

IX – Realizar assessoria jurídica gratuita à população afro-brasileira e de baixa renda, vítimas de discriminação e violência;

X – Estabelecer e manter intercâmbio em entidades congêneres, tanto a nível nacional quanto internacional;

XI – Realizar a representação judicial ou extrajudicial dos associados mediante autorização da assembleia geral.



Instituto Educacional Ginga IEG

O Instituto Educacional Ginga, fundado em 27 de novembro de 2004, tem por finalidade promover a educação, a assistência social e a divulgação da cultura entre os excluídos, visando a igualdade e sua inclusão na sociedade enquanto cidadãos, mantendo e contribuindo para a manutenção de cursos de formação abrangendo os níveis básico (infantil, fundamental, médio) e superior (graduação e pós-graduação).

sábado, 19 de março de 2016

GINGA elegeu Diretoria e Conselho Fiscal


GINGA elegeu Diretoria e Conselho Fiscal

Em Assembleia dia 16 de março de 2016, o Grupo de Igualdade, Cultura, Negritude e Garra Africana (GINGA) comemorou aniversário. São 33 anos de existência da organização e 16 anos de registro enquanto pessoa jurídica.
A assembleia definiu como objetivo estratégico a construção de comunidades de base a partir de princípios e valores da cultura afro-brasileira. Trata-se de estabelecer comunidades de resistência (quilombos), porém, avançando para projetos de nação-reino (kifuxi).
A constituição das comunidades de base terá três eixos básicos: a economia, a política e a cultura. Essas comunidades hão de ser autossustentáveis. Elas terão como ponto de partida a realidade social, principalmente do ponto de vista dos grupos socialmente mais vulneráveis. O enfoque será assistencial, promocional e libertador.
A assembleia também elegeu a nova diretoria e conselho fiscal que terão mandato de quatro anos (2016-2020). Os eleitos foram:
Diretoria
Presidente: Vladimir Lopes; Vice-Presidente: Márcia Aparecida Conceição; Primeira Secretária: Cláudia Maria de Barros; Segunda Secretária: Adriele Elizandra Aparecida Santos; Primeira Tesoureira: Aparecida de Fátima Galvão; Segunda Tesoureira: Joceli Maria dos Santos.
Conselho Fiscal
Conselheiros efetivos: José Galdino de Souza Clemente, Miriam Teresa de Souza, Aline Cristina de Souza Lourenço
Conselheiros suplentes: Ataíde Delmiro Soares, Ireunice de Siqueira, José Benedito de Barros e Patrícia Kelly Clemente da Silva.

Assessora para assuntos referentes à Cultura Africana: Corine Moché.

Parabéns aos eleitos e muito sucesso no trabalho.

quarta-feira, 2 de março de 2016

GINGA (GICNGA) fará assembleia dia 16/03, às 18h00

CONVOCAÇÃO – ASSEMBLEIA

O Presidente em exercício do Grupo de Igualdade, Cultura, Negritude e Garra Africana (GICNGA/GINGA), no uso de seus poderes e atribuições estatutárias, convoca todos os membros desta instituição para a assembleia a ser realizada na data de 16 de março de 2016, às 18h00min, na sede do COMICIN, Rua Treze de Maio sem número (antiga Biblioteca Municipal/Museu), com a seguinte pauta: 1) Eleição da Diretoria e do Conselho Fiscal, Planejamento Estratégico, Atividades para 2016.

Limeira, 29  de fevereiro de 2016.

Vladimir Lopes– Presidente


KIXANU – KIZONGA

O Ngola ia Grupo de Igualdade, Cultura, Negritude e Garra Africana (GICNGA/GINGA), uolobonboloka moso akua ia kilombo pala kizonga. Etu tuondobanga o arianda handa 16/03/2016, 18h00, bu Inzo ia COMICIN, Zunga Treze de Maio, Muxima, Limeira, Jixi ia São Paulo. Maka: 1) Kusola pala makota jinsoba ni makota mulange; 2)  Kitolo; 3) Iambu pala 2016.

Limeira, 29 ia iari ia 2016.

Vladimir Lopes– Ngola

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

Projeto Afro-feira Limeira (Kitolo Afri-kitanda Limeira)

Projeto Afro-feira Limeira (Kitolo Afri-kitanda Limeira)

Proposta do Comicin de Limeira, em parceria com movimento negro, organizações da sociedade civil e poder público

1.            Queremos realizar um grande evento de empreendedores da comunidade negra e afro-brasileira em nossa cidade. Trata-se da Afro-feira Limeira. A feira servirá como uma grande vitrine, mostrando à sociedade as iniciativas e as atividades de nosso povo, geradoras de riqueza para a sociedade. A ênfase principal do projeto é o aspecto econômico, abrangendo as diversas áreas de negócios de nossa comunidade: ciências, tecnologias, educação, pesquisa, literatura, esporte, comunicação, dramaturgia, estética, agricultura, cooperativismo, dentre outras. A lista apresentada é apenas exemplificativa, pois sabemos que os membros de nossa comunidade estão presentes nos mais diversos ramos de negócios em nossa comunidade. Será uma oportunidade para nos conhecermos melhor e também mostrar para a sociedade a nossa importância econômica nesse setor da economia.

2.            A participação dos empreendedores negros e negras e afro-brasileiros tem aumentado muito nos últimos anos. Conforme pesquisa realizada pelo Sebrae (1),

 “entre os anos de 2002 e 2012, o número de pessoas negras à frente de empresas no Brasil cresceu 27% e hoje, pela primeira vez, elas são maioria entre os empreendedores do país”.
Essa mesma pesquisa mostra um outro dado que se constitui num grande desafio a ser vencido (2).
“Mesmo integrando a maioria, os empreendedores negros ainda estão concentrados em pequenos negócios e em ramos de menor lucratividade, como pesca, construção, cabeleireiros e atividades agrícolas. Entre os brancos, a maior proporção atua em setores mais especializados, como advocacia, medicina e engenharia. Além disso, a renda média dos brancos continua 116% maior (em 2002, era de 134%)”.

3.            Para que nossa feira seja um sucesso precisamos vencer alguns desafios, a saber, 1) reunirmos informações e conhecimentos sobre a realidade do empreendedorismo, sobretudo de nossa comunidade; 2) mobilizar nossa comunidade para que se uma participe ativamente do evento; 3) transformar o processo de construção do evento numa oportunidade educativa para todos os envolvidos.

4.            Para viabilizarmos a estrutura do evento precisamos contar com a força da comunidade, apoio do setor privado e apoio governamental, sobretudo do poder público de nossa cidade.  Os apoios são benvindos, mas o protagonismo precisa ser nosso, pois devemos conquistar nossa independência e sermos construtores de nossa própria história.
5.            Sabemos que a desigualdade social, aliada ao preconceito e à discriminação tem trazido grandes prejuízos à nossa comunidade, sobretudo as empreendedores negros e afro-brasileiros que trilham o caminho da iniciativa privada. Assim, precisamos ser criativos, transformar nosso conhecimento em planejamento estratégico, sonhos em objetivos e objetivos em metas; sermos capazes de agir na sociedade de forma articulada e ter coragem de enfrentar os desafios que a sociedade competitiva nos impõem.
6.                  Contamos com a união e participação de todos para a realização deste projeto. Que ele seja o primeiro passo para construirmos outros projetos de sucesso para nossa comunidade.

COMICIN – Conselho Municipal dos Interesses do Cidadão Negro de Limeira

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Citações:


2.    Idem.