Maria
José Bezerra "Soldado"
Ela largou os quitutes de caçarola em favor das armas. Seu nome: Maria José Bezerra, uma paulista de Limeira, nascida em 9 de dezembro de 1895, que se alistou como enfermeira na Revolução de 32 - movimento armado ocorrido no Brasil entre julho e outubro de 1932, em que o Estado de São Paulo visava a derrubada do governo provisório de Getúlio Vargas e a instituição de um regime constitucional após a supressão da Constituição de 1891 pela Revolução de 1930.
De fuzil na mão, a ex-quituteira e soldado combateu em Buri, Ligiana e Itararé, o que lhe valeu o apelido de "Maria Soldado", pois no calor da luta, alinhou-se na frente de combate e foi ferida. Acompanhou os soldados constitucionalistas no setor sul do Estado. Afrontou o ditador Getúlio Vargas em praça pública.
Ela largou os quitutes de caçarola em favor das armas. Seu nome: Maria José Bezerra, uma paulista de Limeira, nascida em 9 de dezembro de 1895, que se alistou como enfermeira na Revolução de 32 - movimento armado ocorrido no Brasil entre julho e outubro de 1932, em que o Estado de São Paulo visava a derrubada do governo provisório de Getúlio Vargas e a instituição de um regime constitucional após a supressão da Constituição de 1891 pela Revolução de 1930.
De fuzil na mão, a ex-quituteira e soldado combateu em Buri, Ligiana e Itararé, o que lhe valeu o apelido de "Maria Soldado", pois no calor da luta, alinhou-se na frente de combate e foi ferida. Acompanhou os soldados constitucionalistas no setor sul do Estado. Afrontou o ditador Getúlio Vargas em praça pública.
Foi
escolhida como a "Mulher Símbolo" no Jubileu de Prata da Revolução de
32 - a mais alta honraria que uma mulher podia almejar - e homenagens na Câmara
Municipal de São Paulo não faltaram.
Terminada
a revolução, "Maria Soldado" voltou à sua vida normal de empregada
doméstica e estava sempre presente nas manifestações estudantis contra a
Ditadura. No final de sua vida, vendia doces e salgados na porta do Hospital
das Clínicas, em São Paulo. A quituteira e combatente foi encontrada morta num
quartinho do prédio número 2.037 na Rua Consolação, em São Paulo, em fevereiro
de 1958. Um pouco da história de "Maria Soldado" pode ser conferida
no livro "As mulheres negras do Brasil", do autor Marcelo Manzatti.
Em
Limeira, porém, ela é uma ilustre desconhecida. Apenas um recorte de jornal
antigo fala sobre sua existência. Nas ruas, então, muitas pessoas nem imaginam
quem foi "Maria Soldado". "Não tenho a mínima idéia de quem foi
ela", diz a doméstica Cleusa de Jesus Arantes. Já o auxiliar-geral Cláudio
Gomes da Silva acredita que "foi alguma mulher que lutou em alguma guerra.
Mas não sei", opina.
Outro
grande limeirense combatente foi Alberto Pierrotti, o sargento Pierrotti, que
hoje possui um monumento à sua memória e dos combatentes da Revolução
Constitucionalista de 1932 no largo do Cemitério Saudade.
A DATA
Atualmente,
o dia 9 de julho, que marca o início da Revolução de 1932, é a data cívica mais
importante do Estado de São Paulo e feriado estadual. Os paulistas consideram a
Revolução de 1932 como o maior movimento cívico de sua história. Foi a primeira
grande revolta contra o governo de Getúlio Vargas e o último grande conflito
armado ocorrido no Brasil.
No total,
foram 85 dias de combate (de 9 de julho a 2 de outubro de 1932), com um saldo
oficial de 934 mortos, embora estimativas, não-oficiais, reportem até 2.200
mortos, sendo que inúmeras cidades do Interior do Estado de São Paulo sofreram
danos devido ao combate.
a data de nascimento de maria Soldado está errada, é 1 de dezembro.
ResponderExcluirInfelizmente essa grande mulher é quase que desconhecida em sua cidade natal que é Limeira!Nós,da subsede da APEOESP,queremos resgatar a importância de Maria José Bezerra "Soldado"para a história da cidade,assim como já fizeram com o Sargento Pierrotti.
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