Publicado
há 2 dias - em 7 de outubro de 2015 » Atualizado às 9:46
Categoria » Em Pauta
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Há quase
30 anos, mais exatamente em 1986, eu lançava a minha primeira
publicação com foco na questão racial, em parceria com o historiador
Clóvis Moura. A cartilha ‘O negro no mercado de trabalho’ foi um marco
para a época, pois era a primeira publicação pós ditadura que ousava
questionar a discriminação que a população negra vivenciava cotidianamente
no mercado de trabalho em nosso país.
Por Maurício
Pestana Enviado para o Portal Geledes
O livreto
entraria para história por ter sido publicado por um órgão governamental,
o Conselho da Comunidade Negra de São Paulo. Era a primeira vez que um
governo brasileiro admitia o problema. Das lembranças que trago daqueles
tempos de forte crise política e econômica, com greves, demissões em massa
e alta de inflação, está uma pesquisa que apontava que, no cenário de
crise no Brasil, os primeiros a serem demitidos eram os negros e, quando a
economia voltava a crescer, os últimos a serem incorporados.
Nesses 29
anos, muitas coisas mudaram na vida dos negros brasileiros. Pesquisas apontam
que terminamos o século 20 ocupando apenas 2% dos bancos
das universidades, mas hoje ocupamos mais de 20%. Naquela época, menos de
meia dúzia de empresas tinham programas de ação afirmativa e, hoje,
dezenas delas investem em políticas de inclusão e diversidade.
A
Prefeitura de São Paulo, por exemplo, por meio de seu programa de cotas,
já empregou mais de mil servidores negros, mostrando que os avanços
obtidos principalmente nos últimos governos de esquerda com foco no social
impactaram – e muito – a vida dos negros no Brasil. Graças a programas
como o Prouni (Universidade para Todos), implantado em 2005 pelo governo
federal, e à reserva de cotas raciais nas universidades federais, entraram
mais negros no ensino superior neste início de século do que em toda a
história da educação no país.
A grande
pergunta que me faço é: que impacto terá a atual crise econômica
nesta parcela que mais cresceu em educação e economicamente nesta década e
meia de século? Será que um melhor preparo educacional será capaz de
barrar o racismo no mercado de trabalho brasileiro em tempos de crise?
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