Jornalista brasileira, Glória Maria
foi a primeira repórter negra na
televisão do Brasil, com estreia em novembro de 1971. Na
época, ela também foi a primeira mulher a usar a Lei Afonso Arinos contra
discriminação racial no Brasil, quando o gerente de um hotel de luxo não
permitiu que ela entrasse pela porta da frente do prédio.
Hoje, mesmo depois de
ter construído um currículo grande e passado por cerca de 156 países, Glória
Maria admite que ainda sofre preconceito.
Na TV Globo desde 1971, Glória Maria foi a primeira
repórter a entrar ao vivo no Jornal
Nacional. De 1998 a 2007, apresentou o Fantástico e, desde
2010, integra a equipe do Globo
Repórter.
O espírito de
aventura pautou a carreira da jornalista Glória Maria. Seja voando de asa delta
ou escalando o Himalaia, seja sobrevoando de helicóptero a cratera de um vulcão
ou driblando a segurança dos Jogos Olímpicos de Los Angeles, em 1984. Na
ocasião, inclusive, obteve um “furo” de reportagem ao conseguir que o velocista
Carl Lewis, então campeão mundial dos 100 m rasos, antecipasse parte do
juramento olímpico, exibido com exclusividade pelo Fantástico.
Em suas
reportagens, nas quais mostrou os mais diferentes povos, culturas e lugares do
Brasil e do mundo, ela enfrentou condições adversas. Sem produtor, suas viagens
eram feitas só com um cinegrafista e para chegar onde queria, não mediu
esforços. Arrastou mala, dormiu em saco de dormir na beira de rio, ficou sem
comer alimentando-se de barras de cereal, foi roubada e abandonada no meio do
caminho com o cinegrafista, como aconteceu na Nigéria. Mas nunca desistiu.
Glória
Maria Matta da Silva nasceu no Rio de Janeiro. Filha do alfaiate Cosme Braga da
Silva e da dona de casa Edna Alves Matta, estudou em colégios públicos
estaduais onde obteve boa formação cultural: “Estudei inglês, francês, latim e
vencia todos os concursos de redação da escola.” Em 1970, foi levada por uma
amiga para ser rádio-escuta da Globo do Rio. Glória conciliava os estudos da
faculdade de Jornalismo da Pontifícia Universidade Católica (PUC-Rio) com o
emprego de telefonista da Embratel. Na Globo, acabou virando repórter numa
época em que os jornalistas ainda não apareciam no vídeo.
http://memoriaglobo.globo.com/perfis/talentos/gloria-maria.htm
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